sábado, 15 de dezembro de 2012

Basta saber... e nós sabemos.

Chegado o fim de tudo, nos sentamos à sombra daqueles olhares, hoje incapazes de nos julgar uma última vez. Dividimos um tom de cumplicidade pelo segundo que nos resta desse nivelamento momentâneo, após um mar de descompassos. A sapiência nos sintoniza, desprezando a distância intransponível que se interpôs definitivamente entre nós. Basta saber... e nós sabemos. E chegamos mesmo a sorrir, e podemos nos despedir, sem peso, sem débitos, sem mais ilusões. Hoje é dia de libertação, porque o que somos e temos é muito maior do que a dor que experimentamos. O que somos e temos atravessará o tempo sem necessidade de uma obsessão que nos conserve. 

Nos encontramos na próxima. Obrigada por tudo...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Pela saudade acariciada

O que é triste não é importante
Atropele a tristeza
Ignore os apelos desinteressantes
Sustente sua força
No sorriso com que te recebo
Porque isso deve bastar
Pelo tempo que nos resta
E pela eternidade das lembranças
Que carregaremos pela vida
Ao som daquela música 
Feita para preencher minha ausência
Porque essa metade que despreza
Não vive sem a face que te interessa
E vice-versa
Cedo ou tarde cairão juntas na estrada
Rumo à própria identidade
Deixando pra trás a meia verdade
Por você criada, por mim odiada
Por ambos sustentada
Pela saudade acariciada

domingo, 2 de dezembro de 2012

O que é de verdade (?)

Você sabe quando está onde não é o seu lugar. Você pode não ter respostas para perguntas que parecem importantes, mas o essencial te acompanha pela eternidade. O que é de verdade ultrapassa as distrações que amenizam seu fardo, e atrasam sua caminhada. O que é de verdade está sempre a frente, independente da sua direção, porque todos os caminhos são bons, mas alguns são melhores...