terça-feira, 22 de outubro de 2013

Me declaro inocente

Culpada por escolher ser feliz
É o que diz seu julgamento
Porque no momento eu sou ré
Você não quer que o sol brilhe pra mim
Você me quer assim, tão opaca quanto o seu ciúme
Flor morta, sem viço e sem perfume

Condenada por uma decisão demorada

Fruto de uma dor que lhe foi invisível
Mas que rogava ser exortada
Fico agora exposta ao seu repúdio
Como o prelúdio de um desfecho mortal
Como se eu só prestasse ao seu lado, e ponto final

Não vou me deixar limitar

Não permito rótulos
Eu posso chorar enquanto minha boca sorri
Posso até me calar... e me aliar ao silêncio
Que ocupou tudo por aqui
Mas, enquanto sigo meu coração
(E apesar de entender o que sente)
Me declaro inocente

Talvez um dia você me entenda...