A gente fica se admirando
Eu te conduzindo
Você desenhando
Palavras que meu pensamento
Em desalinho e desalento
Mal acabaram de lapidar
E é numa preguiça gostosa
Que a gente se deixa ficar
Dedos entrelaçados ao seu redor
Ditando o ritmo que eu preciso
Pra deixar riscos concisos
Traços precisos, olhos perplexos
Você exprime meu reflexo com maestria
Antes nada se via
De repente, me encontro refém
Tenho minh'alma derramada
Traduzida, esculpida, impressa
Em folha pautada
Perco a noção do tempo
Te anoiteço e logo é dia
Eu queria sempre assim
Você me traduzindo
Enquanto me seduz
Despindo meus medos
Expondo meus segredos
Sempre ao meu alcance
Ainda que eu te use
Sempre disponível
Ainda que eu abuse
E te consuma por inteiro
Você não foi o primeiro
Mas te possuo como se fosse o último
Uau... que intenso!
ResponderExcluirMuita coisa que já passei e que gostaria de passar todos os dias.
Parabéns pelo excelente texto!
Mais um daqueles dias em que a emoção não cabe em mim e acaba "escorrendo" pelas mãos, rs.
ExcluirSaudade de ti e das suas preciosidades poéticas, Rick!
Passando no seu blog em 3, 2, 1...