Às vezes me pergunto aonde vão meus pés que não meu coração, por que esquina vagam meus pensamentos tão outros, tão soltos, que mal se sustentam. Indigentes de si mesmos, batendo à mesma porta, sonegando meu instinto e tudo o que eu sinto. Às vezes eu quero não sentir nada, só pra me opor e te fazer um favor. Mas sou feita sentimento, quão chama que nasce para queimar até a última centelha, e isso ultrapassa qualquer julgamento. Meu reflexo no espelho não me traduz por inteiro. Além de tudo o que vejo, há um mundo a ser explorado, e um desejo. Não me furto ao desapego e à toda sorte consequente. Não nasci pra ser raiz, mas folhas ao vento, porque várias sou em direções diferentes. Se tentar me parar, vou te atravessar e te fazer em pedaços. Não rotule o que eu faço, nem tente me entender, apenas me deixe ser... Me deixe... ser.
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